quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Não só desejos, mas realidade.


Parando agora para pensar, 2009 foi um ano muito bom para mim. Depois da desgraça que foi 2007 e do cansaço que foi 2008, me recuso a reclamar de 2009.
Em 2010, eu só queria ser mais útil, só isso. Ficar feliz em receber um abraço e ver se abrir um sorriso sincero. Só vou desejar isso pra não ter nem a desculpa do esquecimento.
A calcinha vermelha não lembrei de comprar, mas pintar as unhas de vinho será que serve? Droga, o nome da cor é "vinho reserva", devia ter pintado de "Affair", acho que faria mais efeito.
De qualquer forma, com affair, sem affair, com vinho e muito vinho, que 2010 seja um ano bom, seja lá o que isso quer dizer e seja lá a importância que tenha eu escrever isso aqui.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

(..)

Faz tempo que quero escrever aqui, mas não consigo. E sabe, isso é tão angustiante. É como você não ter assunto pra falar consigo mesmo e logo eu que tanto falo sozinha.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um presente de Jah.


Toda vez que ele tocava no assunto, ela enrolava:
- Vamos, vamos sim.. no fim de semana.

(...)
- Estou tão indisposta hoje, querido. Vamos na quinta-feira?
Ele, sempre paciente e doce, concordava.

Chegou a quinta e era uma quinta-feira chuvosa. Ficou aliviada, dessa vez não precisaria de desculpas e indisposições, o tempo falava por si só. Foi almoçar com a família e, quando voltou, ele a esperava:
- Você vai? Eu vou!
Diante daquela afirmação decidida e individualista, ela titubeou. Não era o que esperava e mais: onde estavam a paciência e a doçura de sempre?
- Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu, preciso conversar.
Estremeceu.
- Eu vou, me espera tomar um banho rápido?
Foram.
No caminho, ele contou toda a confusão que ocorrera, eram tantos problemas de uma vez que ela só conseguia aconselhar calma enquanto ia ficando cada vez mais nervosa. Chegaram. Chegaram e viram aquele mar agitado, o dia nublado, a praia vazia e um toco, um pedaço de árvore que parecia ter sido posto ali especialmente para eles. Passaram a tarde vendo as ondas que iam e vinham e se protegendo da chuva com um único guarda-chuva que era uma grande desculpa para que ficassem cada vez mais perto. Um grande navio apareceu no infinito e de repente sumiu. Ela, sempre bobinha, jurou que estava com medo e perguntou o que tinha acontecido. Ele, rindo da inocência, também jurava que logo ele reapareceria, depois que passasse pela neblina (?) toda. Promessa cumprida.
Foram embora e ele agradeceu por tê-la por perto.
Ela agradeceu a si mesma, em silêncio, por ter evitado tanto aquela ocasião para que, apesar das controvérsias, acontecesse no dia certo: um tarde triste e chuvosa.

"Vou flutuar nas ondas do mar.."

domingo, 13 de dezembro de 2009

Mariana.


Mariana, como é bom te ter de volta! É tão prazeroso te sentir pulsar aqui dentro, é uma vivacidade incrível. Você descansou bastante não é, querida? Acho que já está pronta de novo para as portas que a vida irá bater na sua cara, para o sangue que escorrerá dos seus dedos quando os espinhos das flores que você receber te machucarem, mas, mais ainda: pulará as janelas e cultivará os jardins como ninguém!
Estou aqui torcendo por você sempre, por nós. Que as pernas bambas durem o tempo suficiente para que possamos nos lembrar que estamos vivas, que elas se mexem, mas que elas não fiquem frágeis! Que aguentem os tombos e que corram assim que os cães raivosos se aproximarem.
Estarei esperando na janela, querida.