sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O fabuloso destino


Não tenho quase nada de Amélie, nem sei se queria ter.
Não quero ser inocente. A minha inocência roubada não me faz falta, talvez por ter certeza que, mais cedo ou mais tarde, tirariam-na de mim.
Apesar disso, sei que o modo singelo e a sua delicadeza fazem com que eu a admire.
Não fico feliz ao enfiar a mão em um saco cheio de grãos, mas fico ao tomar "Tampico". Não guardo pedras, mas recorte de jornais e pedaços de papel. Ah! Também tenho deixado rastros por aí, só não sei se, assim como os dela, serão seguidos.
Não sei se terei um "fabuloso destino" e nem mesmo sabemos se ela o teve, mas, para aqueles que um dia esbarraram com ela, Amélie será uma boa lembrança, isso sim, espero ser.
Talvez eu tenha mais de Amélie do que me dava conta.
Pensando bem, não sei mais se ela parece tanto com Macabéa.
Mas não sou delicada.

2 comentários:

  1. Ter delicadeza ou não é uma coisa muito subjetiva mas te garanto que você deixa seus rastros por onde passa, por isso eu te segui de Campo Grande até aqui. :)

    adorei saber que vc tem blog agora.

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  2. Sua vaca.
    Como vc me faz um blog (tudo bem que foi hoje) e não me avisa!?
    Eu te acho muito delicada, okay? Larga de cu doce.
    Besides, eu odeio a Amelie e o filme dela. Grrrrr
    opsdtkspotkp
    Te amo.

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