Hoje acordei muito bem.
Para mim não faz sentido algum, mas sempre acordo melhor humorada quando durmo pouco. Fui deitar às 03:00 por causa de um trabalho que não consegui acabar e acordei muito bem - obrigada - às 06:30. Suspeito que deva haver alguma explicação científica para isso, algo como níveis do sono ou coisa assim, mas deixemos a ciência de lado, vim aqui falar do acaso.
Saí de casa e fazia meu caminho ao ponto de ônibus quando quase presenciei um acidente em um cruzamento não sinalizado: um carro e um ônibus quase se chocaram. Acho engraçado quando pessoas quase trombam: as duas param e depois fica a dúvida de quem deve seguir. Por diversas vezes, as duas ameaçam andar ao mesmo tempo até que uma resolve ficar parada. Nesse caso, o carro parou. Acredito que o tamanho do ônibus tenha sido um bom argumento para a "gentileza". Por causa desse quase choque, lembrei de um filme: "Não por acaso". Não me recordo muito do enredo, apenas que envolvia um engenheiro de trânsito e aquela tão batida questão de: e se eu tivesse saído 5 minutos mais cedo? E se eu não tivesse esquecido a chave e tido que voltar em casa? Coisas assim. Coisas que recheam o nosso dia-a-dia e que podem mudar todo o rumo da nossa vida. Como o título já diz, esses acasos (?) de sinais abertos, fechados, encontros e desencontros rodeiam toda a obra. Além disso, lembro que o Rodrigo Santoro é o ator principal e que minha mãe gostou tanto que assistiu duas vezes, no mesmo fim de semana - sem dúvida isso foi o que mais me marcou.
Em meio à digressão, continuei seguindo até o ponto de ônibus. Assim que cheguei, a chuva começou a cair, uma chuva forte, com muito vento e um sol. Linda, linda, linda. Já estava extasiada quando começa a soprar nos meus fones de ouvido: "O sabiá no sertão, quando canta me comove, passa 3 meses cantando e sem cantar passa 9, porque tem a obrigação DE SÓ CANTAR QUANDO CHOVE!"
Não poderia haver coincidência melhor do que essa. Desde que escuto o programa de música brasileira da Rádio Oi, nunca ouvi Cordel. E não era só tocar Cordel. Era tocar "chover" numa manhã de quinta-feira (meu dia preferido) e enquanto chovia!
Não poderia ganhar presente melhor. Alma, espírito, corpo, cabeça e coração lavados.
Mais uma ironia do destino: a chuva começou a cair.
Agora imagine você, sendo de Arcoverde, escutar Chover (por lá, que pouco chove), ao vivo...
ResponderExcluirSentiu?
É o que eu sinto, basicamente.