quinta-feira, 15 de abril de 2010

Foi tanta água que meu boi nadou.

Hoje acordei muito bem.
Para mim não faz sentido algum, mas sempre acordo melhor humorada quando durmo pouco. Fui deitar às 03:00 por causa de um trabalho que não consegui acabar e acordei muito bem - obrigada - às 06:30. Suspeito que deva haver alguma explicação científica para isso, algo como níveis do sono ou coisa assim, mas deixemos a ciência de lado, vim aqui falar do acaso.
Saí de casa e fazia meu caminho ao ponto de ônibus quando quase presenciei um acidente em um cruzamento não sinalizado: um carro e um ônibus quase se chocaram. Acho engraçado quando pessoas quase trombam: as duas param e depois fica a dúvida de quem deve seguir. Por diversas vezes, as duas ameaçam andar ao mesmo tempo até que uma resolve ficar parada. Nesse caso, o carro parou. Acredito que o tamanho do ônibus tenha sido um bom argumento para a "gentileza". Por causa desse quase choque, lembrei de um filme: "Não por acaso". Não me recordo muito do enredo, apenas que envolvia um engenheiro de trânsito e aquela tão batida questão de: e se eu tivesse saído 5 minutos mais cedo? E se eu não tivesse esquecido a chave e tido que voltar em casa? Coisas assim. Coisas que recheam o nosso dia-a-dia e que podem mudar todo o rumo da nossa vida. Como o título já diz, esses acasos (?) de sinais abertos, fechados, encontros e desencontros rodeiam toda a obra. Além disso, lembro que o Rodrigo Santoro é o ator principal e que minha mãe gostou tanto que assistiu duas vezes, no mesmo fim de semana - sem dúvida isso foi o que mais me marcou.
Em meio à digressão, continuei seguindo até o ponto de ônibus. Assim que cheguei, a chuva começou a cair, uma chuva forte, com muito vento e um sol.  Linda, linda, linda. Já estava extasiada quando começa a soprar nos meus fones de ouvido: "O sabiá no sertão, quando canta me comove, passa 3 meses cantando e sem cantar passa 9, porque tem a obrigação DE SÓ CANTAR QUANDO CHOVE!"
Não poderia haver coincidência melhor do que essa. Desde que escuto o programa de música brasileira da Rádio Oi, nunca ouvi Cordel. E não era só tocar Cordel. Era tocar "chover" numa manhã de quinta-feira (meu dia preferido) e enquanto chovia!
Não poderia ganhar presente melhor. Alma, espírito, corpo, cabeça e coração lavados.

Mais uma ironia do destino: a chuva começou a cair.

Um comentário:

  1. Agora imagine você, sendo de Arcoverde, escutar Chover (por lá, que pouco chove), ao vivo...

    Sentiu?

    É o que eu sinto, basicamente.

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