segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mariana.

Oi, Mariana. Tenho até vergonha de vir te importunar com as minhas crises. Sei que, dessa vez, a culpa foi minha, só minha. Estava mais do que claro aonde isso tudo ia chegar, eu sabia, mais do que ninguém, sabia isso que isso não levaria a lugar nenhum e que, no fim das contas, a mais estagnada e machucada da história seria eu. Só posso ter tendências masoquistas e transtorno bipolar. Deve ser isso. Agora eu me vejo aqui, nessa madrugada de domingo, sem saber o que fazer - sem ter o que fazer - mas, ao mesmo tempo, com tantas obrigações dando socos na minha cabeça tonta e gritando: "Acorda, Alana, o mundo não vai parar só porque você quer!". Eu queria é ter coragem de gritar o foda-se geral: de não ir amanhã pro estágio, de faltar prova, de não fazer entrevista com pesquisador algum, de não fazer as matérias da revista e, claro, de gritar o foda-se maior. Só que com esse, sei que quem iria se fuder era eu. Mas se eu estou me fudendo agora, será que tenho muito a perder?
Ah, essa minha covardia e tendência à inércia. Porra, de verdade, isso não tem mais graça. Só posso ser muito idiota mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário