sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Agulhas e amor.


Agora moram dentro de mim além de algumas pessoas, alguns sonhos, algumas dúvidas, algumas certezas e algumas crises, umas bactérias queridas. Tão queridas e egocêntricas que não me deixam falar, engolir, comer e dormir, me querem só para elas. Mas sabe, eu não gosto desse tipo de relacionamento sufocante (literalmente) e resolvi me livrar delas antes que elas acabacem comigo.
Depois de quase desmaiar, fui ao Hospital - como eu odeio aquele lugar - o médico me passou uma injeção e me encaminhou para o otorrino. Não tenho medo de injeções, houve uma época em que eu tomava uma por mês e isso nos fez amigas, mas isso já faz um tempo e digamos que a relação anda estremecida, mas estava lá, tranquila até chegar o enfermeiro:
- Você já tomou essa injeção?
- Sei lá.
- Bom, ela vai arder um pouco..
(já fui ficando tensa, ISSO NÃO É COISA QUE SE DIGA!)
- Huum..
- Lá vai: um, dois, três e .. JÁ!
Na hora, eu fechei o olho e imaginei que ele fosse enfiar a agulha como que me dando um soco, acho que foi por conta da contagem regressiva (QUE CARA SEM NOÇÃO!). Penso que ele não fez isso porque não doeu tanto - TANTO, porque doendo está até agora.
À noite tive que tomar outra, essa sim doeu, mas não por causa da enfermeira, mas da substância mesmo, mas foi rápido. Enfim, como dizem por aí:
O amor é mesmo uma dor.
(-q?)

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