sábado, 7 de março de 2009
Mariana.
Mariana esperava. Distrai-se, mas esperava. A cada tocar de telefone, a cada abertura de portão, a cada voz que ouvia, seu esperar era desestimulado e ia ficando cada vez mais impaciente: "Será possível? Não, não será..." Sim, era! Iria embora do mesmo jeito que chegou: sem dar sinal de vida. A propósito, será mesmo que existia?
Eram tantas perguntas que não lhe saíam do pensamento e ficavam ali, voando sem nenhuma resposta. Perguntas sem respostas fora uma constante do seu relacionamento, ela já devia estar acostumada, mas não, com certas coisas nunca ninguém se acostuma. Uma delas é a partida. Por mais que sua vida fosse cheia de despedidas, não havia como tornar a situação cômoda; seria esse o motivo? Evitar sofrimento. Sofrimento para quem?
Mariana continua lá, esperando: o telefone, o portão, a voz... mas nem eles dão mais sinal de vida. Existe vida? Ela espera: espera as respostas. Não só. Mas talvez elas nunca cheguem, assim como todo o resto. Aquilo que nunca vem, nem nunca virá.
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CA-RA-CA.
ResponderExcluirpaguei um big pau bem grande pra vc.
amei!sério,deixe de cudoce e aceite: jezuiz iluminou sua cabeça,irmã.
uau.
"Eram tantas perguntas que não lhe saíam do pensamento e ficavam ali, voando sem nenhuma resposta. Perguntas sem respostas fora uma constante do seu relacionamento, ela já devia estar acostumada, mas não, com certas coisas nunca ninguém se acostuma. Uma delas é a partida. Por mais que sua vida fosse cheia de despedidas, não havia como tornar a situação cômoda; seria esse o motivo? Evitar sofrimento. Sofrimento para quem?"
:~~
lindo.