domingo, 5 de abril de 2009

Desejos.


Aquele personagem a fascinava. Aquele mistério a excitava. Aquela inteligência ela invejava. Aquela prepotência a irritava.
Cada dia era uma sensação diferente, mas tudo isso nunca havia sentido antes. Aquelas costas largas - nem tanto - hipnotizavam-na, era como se existisse algo que a tragasse e levasse para um lugar desconhecido. De repente, surgia um sorriso e um olhar, ambos disfarçados e desaparecidos no instante em que ela olhara. Além de tudo era covarde! Ela ficava ali, se perguntando se aquele olhar e aquele sorriso realmente aconteceram - na verdade achava que não. Não imaginava que ele pudesse ser capaz de atos tão simples com mulheres, sobretudo com ela. Só imaginava suas costas largas, suas mãos grandes e todo o resto que essas partes podem significar. Não que ele tivesse o esteriótipo de garanhão, mas ela o julgava tão completo que a mulher, para ele, só o poderia completar dessa maneira. Aquele desenho - aquela mini-saia - corroborava o seu pensamento. Mas que mal há nisso? Além de umas costas largas, umas mãos grandes e um mistério? Ela estava disposta a pagar para ver, mas não pagaria, nem veria, pois depois ela não seria mais tragada, e preferia o êxtase eterno a um fenômeno da natureza momentâneo.

Um comentário:

  1. isso é falta de secso.
    :x
    as vezes,é bom arriscar um pouco.um fenômeno da natureza momentâneo pode se transformar numa experiência eterna,só falta saber se será boa ou ruim.

    ;)

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