sexta-feira, 15 de maio de 2009

Falta um tanto ainda, eu sei.


Hoje uma amiga de infância me adicionou no orkut. Eu não lembro quando nós nos conhecemos, eu era muito pequena, mas a primeira lembrança dela foi de quando o meu irmão nasceu (eu tinha 3 anos). A minha mãe foi para o hospital e eu fiquei na casa dela.
Foi estranho ter notícias dela - não tinha desde que fui embora de CG há 5 anos - pensando agora, parece um tempo pequeno, mas quando eu "a vi" hoje, pensei que uns 15 anos tinham se passado. Eu lembrava da gente brincando. De quando eu bati nela porque estávamos em um barco - a rede - e um bicho nos atacaria. Ela dizia que era um jacaré, eu dizia que era um tubarão. Nós não entramos em acordo e eu bati nela - na casa dela. Um tempo depois, o irmão dela deu uma martelada na testa do Lucas, não por isso, é claro, mas está tudo no 0x0 então. Lembro de quando chovia e ela ia sempre lá em casa me chamar para andar de bicicleta - EU ADORAVA ANDAR DE BICICLETA NA CHUVA! Formava uma poça gigante em determinada parte da rua perto do meio fio. Areia e folhas ficavam acumuladas ali e quando chovia formava uma lama. Nós acelerávamos e pássavamos a bicicleta justamente lá. Eu adorava voltar para casa toda suja. Ah! Acabei de lembrar de um aniversário do irmão dela que apareceu um garoto bem chato que pegava balão estourado e ficava mirando nas nossas bundas como se fosse um estilingue. Nós o levamos para um canto e batemos nele! (MEUDEUS, EU ERA UMA MALOQUEIRA, SÉRIO, ESTOU FICANDO COM MEDO DO MEU PASSADO, melhor parar por aqui.)
Fato é que eu vi aquelas fotos dela grande, estudando no Colégio Militar de Salvador, com namorado, bebendo (...) e eu achei tudo muito estranho. Fiquei pensando. Pensando em como o tempo muda todas as coisas - são todas SIM! não adianta falar que existem coisas eternas, porque nada é imutável, tudo muda. Amadurece, regride, aumenta, diminue, mas muda - em como aí está a chave de grandes problemas: nós não conseguirmos administrar isso.
Nas nossas cabeças, algumas coisas ficam marcadas e acreditamos que essas são marcas compartilhadas e eternas, o que nem sempre acontece. Schiller já dizia: "O que sentes, isso é só teu." Por ventura, partes desses sentimentos e lembranças podem ser compartilhadas. Mas entender que é natural que não o sejam, pode tornar a vida mais leve e menos dolorosa.
Entender que o tempo passa, que as pessoas mudam, que as coisas acontecem e que nada disso é sinônimo de traição ou de desamor é necessário.

Acreditar que somos únicos pode atenuar ou iludir e magoar. Essa parte eu ainda não acho que entendi, mas posso esperar que outra pessoa me adicione para ver se tenho uma luz ¬¬.

3 comentários:

  1. Nunca mais reencontrei ninguem da minha infancia..... mas mesmo memorias de epocas que nem faz tanto tempo, parece que faz uns 10 anos.
    Nos realmente mudamos muito rapidamente.

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  2. Queria tanto ter umas luzes assim na minha vida, podia ser até uma velinha de bolo, sei la.

    ;/

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  3. alana, sua maloqueira. pára. vamos ser contra violência juntas.
    foda que minha indignação com qualquer tipo de violência acabou já. tudo tem prazo de validade, sim. não prazo de validade.. mas tudo acaba, muda.
    enfim,
    o fato é que acabou.
    preciso voltar a fazer yoga... - foi yoga qu eme deixou assim, zen, contra violência, em paz com o universo.. OPDSTKDPSO
    lembra da gente fazendo yoga de madrugada?
    aslocas.
    agora eu acho que tapinhas pesad(íssim)os não doem.. e doem..
    e é foda.. pq eu não posso nem virar assim, olhando meio torto que as pessoas já se encolhem.. - pensando que eu vou bater.. dá mó dó.. não combino com violência...
    tae. vou dar um fim neles.

    lindo seu texto. paguei pau.
    amovc.

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